Minicursos e Oficinas

IX SEMANA DE FILOSOFIA DA UERN: Perspectivas da Filosofia Contemporânea
Seminário: A atualidade do pensamento de Nietzsche

06/08/2013 - terça-feira
7h30 - 11h
MINICURSOS

Crítica e Criação em Nietzsche
Prof. Dr. Ivan Maia de Mello (UNILAB)

Resumo:

Neste mini-curso será abordada a relação entre as perspectivas críticas e criativas no pensamento de Nietzsche, cujo confronto se apresenta desde sua primeira obra O nascimento da tragédia, alcança uma forma poética em Assim falou Zaratustra e chega a sua última obra, Ecce homo, apresentando-se como uma ligação indissolúvel. Em Assim Falou Zaratustra, encontramos uma singular conjugação de crítica e criação, que se apresenta como o desenvolvimento do processo de auto-formação do personagem conceitual Zaratustra. Examinaremos seu aparecimento como anunciador da superação do homem e seu modo de constituir-se ao longo desse processo como mestre do pensamento do eterno retorno. Mostraremos como a vontade de Zaratustra é conduzida pela sua perspectiva crítica a um momento crítico que instaura uma crise no pensamento ao confrontá-lo com o abismo de um “pensamento abismal”, o pensamento do eterno retorno, que questiona a vontade diante de seu devir. A vontade é levada a transmutar valores, redimir afetos e apropriar-se do corpo para poder aprovar tragicamente a existência. Procura-se mostrar como a perspectiva crítica presente nesta obra conduz à afirmação do sentido criativo da existência em termos do devir pindárico autopoiético de criar a si mesmo, tornando-se o que se é, ou seja, fazendo da vida uma obra de arte.



A felicidade em Epicuro
Prof. Ms. José Eudo Bezerra (UERN)

Resumo:

O contexto histórico de Epicuro o impulsionou a estabelecer um projeto de vida baseado na realidade do próprio indivíduo. Este deveria ter como propósito, o que é natural em todos os homens, a felicidade. A sociedade de sua época estava perturbada pelas guerras constantes e arraigada em falsas promessas e superstições. A proposta de Epicuro aos seus contemporâneos era a de propor uma sociedade que tivesse como fim a felicidade, baseada na amizade, independe de uma hierarquia social. Ademais, Epicuro propõe ao homem de sua época a physiología para este alcançar o equilíbrio do corpo e da alma. É a partir desse equilíbrio que o homem começa a caracterizar e a atualizar seu télos: ser feliz. Ademais, as questões tratadas por Epicuro discutem a possibilidade de demarcar um caminho para uma vida feliz. Sua doutrina traz no cerne de sua abordagem filosófica noções que procuram, através do uso da razão, a compreensão da natureza (phýsis). Epicuro ao desenvolver sua concepção sobre a felicidade afirma que para ser feliz faz-se necessário uma justa apreciação do prazer e de seus limites. Essa justa apreciação do prazer requer do homem um contato constante com a natureza (phýsis). Para que o indivíduo tenha uma compreensão da realidade, Epicuro sugere uma forma de viver que implica estar em conformidade com a natureza.


Prof. Dr. Dax Moraes
Enamoramento e compaixão: duas vias de superação metafísica do interesse pessoal pelo amor

Resumo:

O minicurso tem como objetivo geral distinguir adequadamente dois aspectos do amor em Schopenhauer de acordo com a dupla perspectiva do mundo como vontade e como representação. Para tanto, é necessário, enquanto objetivos específicos: (a) recordar o que significa essa dupla perspectiva e determinar o que corresponde a cada um de seus aspectos; (b) identificar o mundo como vontade com o da liberdade sem meta e o da unidade indiferenciada e o mundo como representação com o da necessidade natural segundo o princípio de individuação; (c) realizar a correspondência entre mundo natural e o instinto sexual, cuja natureza Schopenhauer explica no capítulo dedicado à “Metafísica do amor sexual”; (d) elucidar o significado da “ilusão do amor”; (e) elucidar o fundamento metafísico da compaixão como princípio da moral. O minicurso deve esclarecer por que, para Schopenhauer, não há algo como um amor entre indivíduos que não seja, em seu fundo, mera ilusão que encobre a inflexível necessidade de gerar um novo indivíduo. O verdadeiro amor, portanto, deveria se produzir mediante a superação do princípio de individuação, do mundo como representação, que é o mundo natural. Trata-se de superar o usual dualismo radical sob o qual parecem se inscrever caridade e sexualidade.


Historiografia e Filosofia: a “contra-história” da filosofia de Michel Onfray 
Prof. Ms. Benjamim Julião de Góis Filho – Campus Caicó/UERN

Resumo:

O presente minicurso tem como objetivo apresentar a perspectiva historiográfica da filosofia advogada pelo pensador Frances Michel Onfray que se propõe a fazer uma “contra-história” da filosofia que traz à tona os “esquecidos”, os silenciados pela história da filosofia tradicional, escrita pelos e para os vencedores. Ao invés do ideal ascético de figuras como Pitágoras, Parmênides, Platão, Marco Aurélio, Sêneca, dentre outros, Onfray põe em relevo figuras de tradição hedonista como Leucipo, Demócrito, Aristipo, Diógenes, Epicuro, Lucrécio, Horácio, dentre outros. Sua contra-história da filosofia se apresenta como uma maneira de guerrear contra a lógica dos “ganhadores”, como Platão, os estóicos e o cristianismo, que impõem o ódio ao mundo terreno, aversão às paixões, às pulsões, aos desejos, desprezo ao corpo, ao prazer, aos sentidos e culto ao ascetismo, à negação da vida.



O problema mente-corpo: o dualismo cartesiano e outros dualismos.
Prof. Ms. Josailton Fernandes de Mendonça (Doutorando em Filosofia UFC/ UERN)

Resumo:

O minicurso objetiva apresentar uma discussão de fundamental interesse em filosofia da mente. Trata-se do instigante problema do dualismo cartesiano bem como outros tipos de dualismo. Duas observações são importantes para que compreendamos  a importância da discussão de temas como este: primeiro é um problema fundamental em uma área da filosofia recentemente desenvolvida, a saber, a Filosofia da mente; segundo o problema decorre de outro igualmente profundo que é o problema da relação mente-corpo. Examinar questões dessa natureza permite que se  entenda melhor muitos campos  da filosofia como a filosofia da linguagem, a filosofia da ação, a antropologia filosófica, partes da ética e problemas metafisicos tradicionais, como o problema do livre-arbitrio.  O minicurso não se propõe a analisar cada uma das difíceis questões que são suscitadas nestes campos pelo problema que apresentaremos. Isso seria objeto, talvez de uma disciplina. Contudo abordaremos as principais questões relacionadas a temática em foco, procurando despertar o interesse para estas questões, sobretudo, para a problemática do dualismo mente-corpo em René Descartes.  Discutiremos nesta linha, algumas outras formas de dualismos sugeridas na filosofia contemporânea.  Finalmente, a temática do dualismo não deixa de ser provocadora porque  é agradável as religiões e é a maneira como o senso-comum entende a relação mente-corpo.  O minicurso será dividido em duas partes: primeiro apresentarei o problema mente-corpo e na segunda parte a questão do dualismo em Descartes e na filosofia contemporânea.


07/08/2013 - quarta-feira
7h30 – 11h

O trágico na perspectiva de Friedrich Nietzsche
Prof. Ms. Lindoaldo Campos (Secretaria Estadual de Educação)

Resumo:

É manifesta a importância que o pensamento de Friedrich Nietzsche possui na filosofia contemporânea, constituindo-se como um dos principais horizontes fundadores das críticas que apontam a assim denominada crise da modernidade. Um dos principais elementos do pensamento de Nietzsche consiste no trágico, elemento intrínseco a seu projeto de transvaloração dos valores e que, concebido já nos textos preparatórios ao seu primeiro livro O nascimento da tragédia (nomeadamente A filosofia na idade trágica dos gregos e A visão dionisíaca do mundo), também se encontra presente, sob nuances diversas, nas obras da maturidade, a exemplo de Assim falou Zaratustra, A gaia ciência e O anticristo. Nesta senda, intenta-se promover um diálogo a partir dos lineamentos fundamentais da teoria da tragédia formulada por Aristóteles – naquilo que se logrou denominar de poética da tragédia – para enfim se alcançar as reflexões que, a partir de Schelling, são reunidas sob a denominação de filosofia do trágico, até se alcançar as perspectivas de Nietzsche sobre o trágico. Deste modo, o presente mini-curso pretende constituir um espaço de reflexão sobre as transmutações que a noção de trágico sofre no percurso do pensamento de Nietzsche, desde seu estreito vínculo com a filosofia de Arthur Schopenhauer e a teoria músico-operística de Richard Wagner, passando pela ruptura em relação a estes primeiros inspiradores até alcançar, por fim, a sua formulação como elemento substancial de sua crítica à moral cristã e à fundação de uma perspectiva estética sobre a vida, através da qual, desvencilhado da culpa e do ressentimento, o homem possa, enfim, ser o criador de seus próprios valores, de si próprio, de sua própria lei. Para tanto, utilizar-se-á uma metodologia conceitual e teórica, com a apresentação de textos de Nietzsche e de comentadores de sua obra, fazendo-se uso de diversos tipos de mídia, como slides e materiais impressos. 


Thomas Kuhn e a racionalidade científica
Adan John Gomes da Silva

Resumo:

O minicurso tem como objetivo oferecer um panorama geral do debate que há meio século mudou drasticamente a visão relativamente consensual que os filósofos anglo-americanos faziam da ciência. Nesse sentido, começa mostrando como um grupo de filósofos – constituído por empiristas lógicos e popperianos – desenvolveu uma visão segundo a qual a racionalidade científica estaria baseada unicamente na autoridade inequívoca da experiência e no uso da lógica como ferramenta de análise de teorias. Num segundo momento, mostra como essa visão é abalada pela obra de Thomas Kuhn, que oferece uma interpretação do desenvolvimento científico onde a lógica e a experiência são apenas um dos dois elementos que constituem sua história, sendo o segundo um conjunto de inclinações metafísicas, influências sociais e idiossincrasias pessoais dos cientistas. Encerra mostrando como, longe de defender a ideia de que a ciência é um empreendimento irracional, a obra de Kuhn aponta para uma série de reflexões que acabam por inspirar os filósofos a reconsiderarem seu conceito de racionalidade científica e, consequentemente, o nosso entendimento do que seja a ciência.


Contribuições rousseaunianas à teoria democrática contemporânea
Prof. Ms. Telmir de Souza Soares (UERN)

Resumo:

Nascida na Grécia antiga como uma das formas de se constituir o governo, a democracia, desde seus inícios, tem assumido as mais variadas formas. O vasto espectro do fazer e do exercer a democracia na contemporaneidade nos aponta para esta variegada perspectiva em que ora ela se mescla com a forma do Estado (como o federalismo e a ditadura por exemplo), ora vêmo-la associada e enredada ao poder econômico (principalmente quando são conhecidos os escândalos que surgem a todo tempo e por todos os lados). As vozes discordantes e descontentes são comuns, muito embora nem sempre esta seja a voz do “povo”, legítimo donatário e mandatário da democracia. Entretanto, a despeito de todas estas dificuldades, compreendemos que a democracia é entre todas as formas de governo, a que nos parece mais adequada para efetivar um sem número de valores como a liberdade, a igualdade, os direitos do homem, a justiça, etc. Então, o que fazer? Neste minicurso pretendemos, a partir do pensamento de Rousseau, em confronto com algumas teorias sobre a democracia contemporânea, como as de Otfried Höffe e Pierre Rosanvallon, contribuir para a crítica da democracia tentando imaginar possíveis saídas em meio à crise que vive o modelo na atualidade.


Mística e filosofia - Nicolau de Cusa e a visão de Deus
Prof. Dr. José Teixeira (UERN)

Resumo:

O minicurso propõe pensar a relação e a proximidade entre "mística e filosofia" em Nicolau de Cusa (1401-1464) a partir da sua obra De visione deiA visão de Deus (1453). O texto em questão é uma tentativa de resposta aos monges do mosteiro de Tegernsee (Alemanha) que solicitaram ao Cardeal esclarecimento sobre a visão mística. O problema que está no centro da polêmica refere-se a possibilidade de interpretar a visão contemplativa a partir de uma perspectiva meramente afetiva ou intelectual. Portanto, duas concepções se contrapõem: a de Gerson e a de Vicente de Aggsbach. É para esclarecer essa polêmica que o De visione dei será escrito e enviado aos monges de Tegernsee.


Cuidado de si e subjetivação em Michel Foucault
Maria Veralúcia Pessoa Porto – DFI/FAFIC/UERN

Resumo:

Os discursos e práticas que se ocupam da existência humana na contemporaneidade promovem um deslocamento em relação à concepção clássica de humanidade. O homem encontra-se imerso em um “vazio”, ele prova em seu dia-a-dia um desconforto em relação às suas ações e, conseqüentemente, no fazer da sua própria história. Neste sentido somos chamados a levar em consideração tais acontecimentos e seus efeitos e a nos perguntar como uma pessoa que se encontra sujeita a inúmeras restrições, a incontáveis substratos históricos e sociais que determinam sua vida por todos os ângulos pode dizer-se livre? Como o processo de subjetivação, sob as diversas possibilidades do exercício do poder, pode ser constitutivo do sujeito se, este mesmo processo, por outro lado, assujeita o indivíduo restringindo, castrando ou mesmo impedindo sua liberdade efetiva? Pretendemos neste minicurso abordar estas questões a partir da perspectiva aberta por Foucault quando ele retoma ao tema do cuidado de si, conceito que vem à tona na Hermenêutica do sujeito, mostrando a exigência do ocupar-se consigo mesmo como uma estética baseada em um conjunto de práticas que promovem o processo de subjetivação baseado na prática da liberdade.


II SIMPÓSIO SOBRE O ENSINO DE FILOSOFIA - SIMPHILO   

08/08/2013 - quinta-feira
7h30 – 11h

MINICURSO
Pedagogia do Conceito e Ensino de Filosofia: um projeto filosófico-pedagógico. 
Flávio José de Carvalho (UFCG)

 Resumo:

O minicurso que ora apresentamos dirige-se ao público docente e discente com o caráter de debate analítico-crítico marcado pela propositura de elementos filosóficos e pedagógicos acerca da possibilidade de uma “Pedagogia do Conceito”, tomando como ponto propugnador a reflexão de Gilles Deleuze e Felix Guattari, na obra “O que é a Filosofia?”. O minicurso se desenvolverá segundo três movimentos interdependentes: a propositura de argumentos-problema em torno da compreensão da Pedagogia do Conceito; o confronto com as situações-problema oriundas das experiências com o Ensino de Filosofia; igualmente, manter-se-á diligente no que diz respeito à apresentação de propostas-problema com vistas ao processo de ensino-aprendizagem de Filosofia. Destacamos oportunamente que o minicurso assume a prerrogativa de manter-se próximo das vivências docente e discente na mesma intensidade e profundidade que se imiscui com a problematização filosófica proposta pela reflexão deleuzo-guattariana, construindo, desse modo, um espaço em possam figurar e agir vetores de criação filosófica, pedagógica e didática.

O Ensino de Filosofia numa perspectiva ontológica.
Prof. Dr. Valmir Pereira – UEPB

Resumo:

Este minicurso discute a relação entre o Ensino, a aprendizagem e suas metodologias. A abordagem será pautada inicialmente numa perspectiva histórica apontando algumas concepções de ensino e de aprendizagem e suas concepções de indivíduo, decorrentes desses processos. Essas concepções concebem o professor como mediador e facilitador da aprendizagem. No segundo momento, far-se-á a crítica a essas concepções, apontando a Mediação dialética como processo superior e as razões pelas quais o professor não media e nem facilita a aprendizagem. A concepção de Mediação que trabalharemos neste minicurso está fundamentada na Ontologia do Ser Social.


OFICINAS

Metodologia para o ensino filosófico: inclusão de projetos temáticos na sala de aula
Sueny Nóbrega Soares (UERN)

Resumo: 

A disciplina de Filosofia no Ensino Médio inclusa a partir da lei 11.684/08 como obrigatória tem exigido dos educadores discussões sobre diversas dificuldades encontradas no ensino da educação básica, um dos problemas refletidos se encontra em como ministrar aulas de filosofias para jovens. Uma preocupação que incomoda visto que é possível perceber o desinteresse dos jovens pelo exercício do pensar. Dessa forma, percebemos a necessidade de debater sobre caminhos metodológicos do ensino em Filosofia capazes de contribuir para a formação do educando no processo da autonomia do pensar e do agir, considerando o contexto histórico-sócio-cultural em que está inserido o educando. Esta oficina propõe apresentar reflexão desenvolvida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência-PIBID da UERN/Filosofia/CAMPUS CAICÓ, tendo como objetivo desenvolver reflexões e discussões acerca do trabalho docente, considerando a inclusão de projetos temáticos como metodologia do ensino filosófico, despertando o discente para o processo da investigação filosófica. 


Poesofia - Nietzsche em Pessoa
Prof. Ms. Lindoaldo Vieira Campos Júnior – (UFRN / Professor do Estado do Rio Grande do Norte); Prof. Joelson Silva Araújo (Mestrando em Filosofia – UFRN / Professor do Estado do Rio Grande do Norte).

Resumo:

O pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e a obra do poeta português Fernando Pessoa possuem inegável relevância para a compreensão da modernidade, perpassados por temas que se entrecruzam (como a crise da razão, a questão do sujeito, o homem como elemento autopoiético) e que fornecem uma indicação segura dos diversos pontos de interseção de suas reflexões. Aliada ao crescente interesse por suas obras, tal perspectiva justifica a realização de oficina em que seus escritos sejam trabalhados conjuntamente visando à compreensão de alguns dos elementos fundamentais de seu pensamento, provocando-se, a final, a construção de texto de cunho poético não apenas como forma de assimilação do conteúdo ministrado mas, sobretudo, como instigação à reflexão poético-filosófico como construção de si. Neste contexto, propõe-se uma análise do poema “Palavras de Pórtico”, de Fernando Pessoa, a partir do pensamento de Nietzsche (nomeadamente, o aforismo O andarilho, constante de Humano, demasiado humano, § 638), fazendo-se uso de uma linguagem simples e objetiva e de recursos midiáticos como textos, filmes e músicas (de estilos diversos, como rap, xote e rock), como Os Argonautas (Caetano Veloso), A Ilha da Fantasia (Raul Seixas), Mar de Gente (O Rappa) e Eu e a tábua (Gabriel, O Pensador) e o vídeo Fernão Capelo Gaivota (Richard Bach).


Oficina de produção de minitexto filosófico
Profa. Dra. Fernanda Bulhões (UFRN)
9h-11h00

Resumo:

Esta oficina, cujo objetivo é desenvolver a habilidade de produzir textos capazes de despertar o interesse dos jovens alunos do Ensino Médio pela Filosofia, se divide em quatro momentos: 1- apresentação da Profa. Fernanda de alguns dos pequenos textos do Jornal do adoidecente (PIBID/UFRN/2012); 2- os participantes, em pequenos grupos, escolhem algum tema relevante da História da Filosofia e redigem um pequeno texto (máximo de 200 palavras); 3- leitura dos textos redigidos; 4- debate.


Mattew Lipman e a filosofia para crianças
José Francisco das Chagas Souza; Maria Reilta Dantas Cirino; Mariana Frutuoso de Araújo e Sarah Regina de Medeiros Dias.

Resumo:

Partindo da concepção de que as crianças tem competência para pensar logicamente, desde que lhes sejam oportunizadas mediações adequadas, Matthew Lipman, filósofo norte americano, vem desde a década de 60 buscando esclarecer sobre a proposta de filosofia na infância. O Curso de Filosofia de Caicó  desenvolve estudos sobre a referida temática através das atividades do projeto de pesquisa Filosofia na Infância: perspectivas para o debate. Nesse sentido, o presente minicurso tem por objetivo apresentar os estudos teóricos sobre as ideias de filosofia na infância elaboradas por Lipman, os fundamentos constitutivos dessa teoria e algumas experiências em desenvolvimento no Brasil em decorrência dessas ideias. Para essa finalidade tomaremos como fundamentos teóricos, principalmente, as seguintes obras: A Filosofia vai à escola (LIPMAN, 1990) e A Filosofia na sala de aula (LIPMAN; SHARP; OSCANYAN, 2001).